sexta-feira, 15 de julho de 2016

Interclubes de veículos antigos


    Neste Julho o último domingo coincide com o último dia do mês. É quando acontece há mais de quinze anos, o encontro interclubes de veículos antigos, capitaneado pelo CVAGO, Clube do Veículo Antigo de Goiás.


    O evento trocou de lugar várias vezes, desde os primeiros encontros improvisados na Praça Cívica, ainda nos anos noventa, quando era apenas o "Clube do Fordinho". Hoje é um dos clubes de veículos antigos mais respeitados do mundo inteiro, apesar de ainda ser modesto, em relação aos pares de outros países.


    Um dos "poderes" de um clube assim, é a emissão do certificado de originalidade, antes exclusividade dos clubes filiados à Federação Brasileira de Veículos Antigos, que é filiada à Federação Internacional. Infelizmente o lobby político permitiu que clubes de fachada pudessem vender o certificado, criando assim a versão bizarra da Placa Preta, a Placa Treta.


    A Placa Preta é concedida a quem mantém um mínimo de 85% de ítens originais. Pode parecer pouco, mas o motor inteiro é um ítem, o estofamento inteiro é um ítem, enfim, na prática o carro tem que ser quase cem por cento fiel ao original de fábrica.

    Carros que vocês pensavam ter sido todos completamente destruídos pelas corridas de demolição dos anos oitenta, ou virado  parafuso e tampa de panela em siderúrgicas, estão sendo resgatados, alguns do ferro-velho, e transformados em rat-rods, hot-rods, street-rods e carros de coleção dignos de exposição em museus.


    Os clássicos americanos que a maioria acredita só existir em filmes da Sessão da Tarde ou em séries de época, costumam dar as caras. E Opalas, muitos Opalas! Há dois clubes só para o Opel Rekord alemão com motores quatro e seis cilindros americanos. Há um clube só para Fuscas e derivados, desde que mantidas as características básicas de motor traseiro refrigerado a ar.


    Não é, porém, apenas carro que aparece nos encontros, que hoje engloba seis clubes oficiais. Há também venda de peças e antiguidades, que tem crescido na mesma proporção do público e do número de veículos expostos, o que tem feito o Cepal do Setor Sul ficar cada vez mais apertado.


    A memorabilia tem crescido e se diversificado, com abajures, som automotivo de época, brinquedos com alta preservação, câmeras photographicas de antes da segunda guerra, vitrolas, discos de vinil originais de época, ferros de passar roupa tocados a carvão, telephones de manivela e por aí vai. É frustrante não ser rico, nessas horas.


    Enfim, se vocês estiverem em Goiânia no próximo dia 31 de Julho, dêem uma passada pelo Cepal, na rua 115, no Setor Sul. É grátis, é sadio, é familiar, é vintage!


    Todas as photos são de minha autoria, foram feitas no último encontro, dia 26 de Junho deste ano.

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